Investing.com - Os preços do petróleo registraram novas perdas nesta segunda-feira, depois de quedas acentuadas durante a noite em virtude das crescentes preocupações de que a reunião derradeira da Opep, nesta quarta-feira, não produzirá a efetivação de um acordo sobre os cortes de produção.
O petróleo bruto americano operou em baixa de US$ 0,08, ou 0,22%, cotado a US$ 45,97 o barril, às 8h44, depois de atingir US$ 45,26 no início da manhã.
O referencial mundial para o Brent futuro marcou US$ 48,16, um recuo de US$ 0,08, ou 0,19%.
Os preços do petróleo despencaram durante o pregão da Ásia, com as dúvidas rondando o corte de produção planejado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
O grupo de produtores está tentando fazer com que seus 14 Estados-membro, além da Rússia, que não faz parte da Opep, implementem cortes de produção coordenados que visem reduzir o excesso de oferta global que gerou uma desvalorização de 50% dos preços do petróleo em dois anos.
Em setembro, a Opep chegou a um acordo sobre uma possível redução da produção de 32,5 milhões a 33 milhões de barris por dia.
O órgão tem reunião marcada para esta quarta-feira, em Viena, onde espera-se que o acordo seja finalizado.
No entanto, estabelecer um entendimento sobre um acordo de corte de produção se provou um assunto problemático, com alguns produtores relutantes com a medida.
No final de semana, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou que os cortes de oferta podem não ser necessários, reiterando que os preços se estabilizarão em 2017 sem uma intervenção da Opep.
Esses comentários foram vistos como uma indicação de que um acordo sobre o primeiro corte de produção mediado pela Opep em oito anos pode não ser concretizado em Viena.
Os ministros do petróleo da Argélia e da Venezuela devem viajar a Moscou nesta segunda-feira, antes da reunião-chave da quarta-feira, em uma tentativa de persuadir a Rússia a participar dos cortes em vez de meramente congelar a produção.
A maior parte dos analistas acredita que algum tipo de consenso será atingido, mas permanecem as dúvidas sobre se será o suficiente para ajudar o mercado.
"Um acordo para um grande corte de produção pode lançar os preços do petróleo perto da faixa dos US$ 60 antes do fim do ano, enquanto que não se firmar tal acordo pode fazer com que os preços retornem à casa de US$ 40 o barril", afirmaram analistas do Nordea.