Investing.com - Os preços do petróleo recuaram durante o pregão europeu desta quinta-feira, após ter subido quase 6% um dia antes, na sequência de que os membros da OPEP concordaram em cortar produção de petróleo em u primeiro acordo do tipo desde 2008. No entanto, houve algum ceticismo entre analistas em torno dos detalhes limitados do acordo.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em dezembro perderam 54 centavos, ou 1,1%, sendo negociados a US$ 48,70 por barril, às 04h30 ET (08h30 GMT). O contrato subiu para US$ 49,65, o nível mais alto desde 09 de setembro.
Na quarta-feira, os futuros do Brent negociados em Londres saltaram US$ 2,72, ou 5,85%, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo ter surpreendido o mercado ao concordar com um modelo para cortar a produção em conversas realizadas à margem de uma conferência sobre energia na Argélia.
O cartel do petróleo chegou a um acordo para limitar a produção em uma faixa de 32,5 milhões para 33,0 milhões de barris por dia, uma redução de 0,7%–2,2% de sua produção atual de 33,2 milhões de barris.
No entanto, o mercado permaneceu cético em relação ao acordo, ponderando como tal plano seria implementado. Alguns analistas alertaram que o acordo deixou de fora detalhes cruciais sobre o quanto cada país produzirá.
O grupo petrolífero de 14 membros disse que vai esperar até a reunião oficial da OPEP em Viena no dia 30 de novembro para finalizar a decisão, quando um convite para se juntar a cortes também poderia ser estendido para países não pertencentes à OPEP, como a Rússia.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em novembro caiu 32 centavos, ou 0,68%, e foi negociado a US$ 46,73 por barril, após ser subido US$ 2,38%, ou 5,33%, um dia antes.
Os dados do governo semanais sobre a oferta divulgados na quarta-feira mostraram que estoques de petróleo bruto nos EUA caiu pela quarta semana consecutiva. De acordo com a U.S. Energy Information Administration, as reservas de petróleo bruto caíram 1,9 milhão de barris na semana passada, em comparação com as expectativas dos analistas para um aumento de 3,0 milhões de barris.
No entanto, os dados também revelaram um grande aumento nos estoques de gasolina, que subiram 2,0 milhões de barris, muito mais do que o ganho de 178.000 barris previstos pelos analistas.