Investing.com - Preços do petróleo se recuperavam levemente nas negociações da manhã desta quinta-feira na América do Norte após terem caído ao menor nível em cerca de dez meses na sessão anterior em meio a persistentes preocupações com o forte crescimento da produção de shale oil nos EUA.
O contrato com vencimento em agosto do petróleo bruto West Texas Intermediate estava cotado a US$ 42,81 o barril às 07h40 (horário de Brasília), alta de US$ 0,28 ou de cerca de 0,7%. A referência norte-americana atingiu US$ 42,05 na sessão anterior, menor nível desde 11 de agosto.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em agosto na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganhavam US$ 0,41 e o barril era negociado a US$ 45,23 após ter atingido US$ 44,35 na sessão anterior, nível não visto desde 14 de novembro.
Preços do petróleo caíram cerca de 2% na quarta-feira, aprofundando-se no território do mercado em baixa, após dados do governo norte-americano revelarem aumento na produção doméstica, o que pode compensar a redução nos estoques de petróleo e de gasolina.
O relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) publicado na quarta-feira mostrou que a produção doméstica teve aumento de 20.000 barris e chega a 9,35 milhões de barris por dia, quase 8% a mais do que no mesmo período do ano passado.
O relatório da EIA também mostrou que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram redução de 2,5 milhões de barris na semana encerrada em 16 de junho, ao passo que estoques de gasolina tiveram redução de 600.000 barris.
Preços do petróleo estão sob pressão nas últimas semanas devido a preocupações com a crescente produção de shale oil nos EUA, que pode neutralizar os cortes na produção de membros da OPEP e países externos à organização.
No mês passado, a OPEP e alguns produtores externos à organização, estenderam o corte de 1,8 milhão de barris por dia no abastecimento até março de 2018.
Até o momento, o acordo de cortes na produção teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em julho subiam US$ 0,012, ou cerca de 0,9%, chegando a custar US$ 1,421 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em julho ganhavam US$ 0,007 e eram negociados por US$ 1,372 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em julho avançavam US$ 0,002 para US$ 2,913 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardam os dados semanais dos estoques, previstos para o final do dia.