Investing.com - Preços do petróleo subiam nesta segunda-feira, aproximando-se da máxima de um mês da sessão anterior devido a preocupações com crescentes riscos geopolíticos, porém dados do setor petrolífero apontando novo aumento na produção norte-americana reduziram os ganhos.
O petróleo Brent, referência mundial, avançava US$ 0,39, ou 0,69%, para US$ 55,61 o barril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres.
O petróleo dos EUA era negociado a US$ 52,55 o barril às 4h53 (horário de Brasília), alta de US$ 0,32 ou 0,63% desde seu último fechamento.
Preços do petróleo atingiram a máxima de um mês na sexta-feira, já que mísseis disparados pelos EUA que atingiram uma base aérea na Síria elevaram as preocupações de que o conflito na região produtora de petróleo possa se espalhar.
Tanto o petróleo dos EUA quanto o Brent subiram mais de 3% na semana passada, registrando uma segunda semana de aumento.
No entanto, os ganhos foram postos em cheque já que investidores continuam a se concentrar na contínua recuperação da produção de xisto dos EUA, que poderia afetar os esforços de outros grandes produtores para reduzir o excesso global nos estoques.
A Baker Hughes, empresa fornecedora de serviços a campos petrolíferos, afirmou nesta sexta-feira que o número de sondas de extração de petróleo ativas nos EUA aumentou mais uma vez e é o mais alto desde setembro de 2015.
Participantes do mercado, no entanto, permanecem otimistas com a possibilidade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo estender para além de junho seu atual pacto com produtores externos à organização para cortar a produção no esforço de reequilibrar o mercado.
Uma comissão conjunta de ministros de produtores da OPEP e externos à organização se reunirá no final de abril para apresentar sua recomendação quanto ao destino do pacto. A decisão final sobre a extensão ou não do acordo para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.