ROMA (Reuters) - Os preços mundiais dos alimentos caíram ligeiramente em junho, encerrando uma série de cinco meses consecutivos de alta, puxados por uma acentuada queda no preço de laticínios, informou a agência de alimentos da ONU na quinta-feira.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) também manteve sua projeção para a produção mundial de cereais em 2019 inalterada em relação a junho, mas prevendo alta de cerca de 1,2% ante 2018, com a maior parte do crescimento resultante da maior produção de trigo.
O índice de preços de alimentos da FAO, que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, ficou em média em 173 pontos no mês passado, ante um número revisado de 173,5 pontos em maio. O dado havia sido anteriormente estimado em 172,4.
O índice de preços de laticínios da FAO despencou 11,9% em relação ao valor de maio, mas ainda acumula alta de 9,4% desde o início do ano, com a fraqueza dos preços de junho provocada pelo aumento das oportunidades de exportação e fraca demanda de importação.
O índice de preços de vegetais da FAO também caiu, recuando 1,6% em relação ao mês anterior e tocando seu nível mais baixo desde dezembro, atingido principalmente pelo enfraquecimento dos preços do óleo de palma e do óleo de soja.
Por outro lado, o índice de preços de cereais subiu 6,7% em relação a maio e cresceu 3,8% no ano, impulsionado por um forte aumento nas cotações de exportação de milho, principalmente devido às expectativas de uma oferta de exportação muito menor no maior produtor mundial, os Estados Unidos.
O índice de preço da carne subiu 1,5% no mês, enquanto o índice de açúcar subiu em 4,2%.
Em sua terceira previsão para 2019, a FAO projetou a produção mundial de cereais em 2,685 bilhões de toneladas, inalterada em relação ao relatório de junho e ainda 1,2% acima dos níveis de 2018.
A previsão para a utilização mundial de cereais em 2019/20 subiu marginalmente e agora deve ultrapassar 2,708 bilhões de toneladas - alta de 1% em relação aos níveis de 2018/19, disse a FAO.
(Reportagem de Crispian Balmer)