SÃO PAULO (Reuters) - Os preço médios das negociações de créditos de descarbonização (CBios) fecharam a segunda quinzena de março em 92,56 reais, com uma redução de 5,57% na comparação com a primeira parte do mês passado, quando houve picos históricos de mais de 100 reais, segundo análise do Itaú BBA.
A queda no preço ocorreu em meio a um aumento no volume negociado na segunda quinzena de março, que somou de 3,99 milhões de títulos, montante duas vezes maior frente à quinzena anterior.
Os preços dos CBios, os quais as distribuidoras de combustíveis precisam comprar para compensar a venda de derivados de petróleo, foram impulsionados no início do ano com uma maior procura dos compradores e menor oferta de CBios pelos produtores de bicombustíveis, que são os emissores dos créditos.
Representantes de produtores disseram que o mercado poderia ter algum alívio, à medida que as vendas de combustíveis melhorassem e também as usinas de etanol começassem a processar a nova safra agora em abril, ampliando a oferta de créditos.
O volume de Cbios emitido até a o fechamento do mês de março totaliza 19% da meta anual, acrescentou o Itaú BBA.
No ano até 1o de abril, o número de CBios emitidos atingiu 6,8 milhões, aumento de 1,6 milhão na comparação com o total até 15 de março, segundo dados do Itaú BBA.
Um preço mais baixo dos CBios pode trazer algum alívio para distribuidoras, uma vez que o crédito tem sido visto como um fator de pressão de alta no mercado de combustíveis.
(Por Roberto Samora)