NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram mais de 2 por cento nesta sexta-feira, após os integrantes da Opep e seus aliados, incluindo a Rússia, terem chegado a um acordo de redução da oferta, para diminuir os estoques globais de combustível e dar suporte ao mercado, porém os preços reduziram os ganhos no fim da sessão por receios de que os cortes não compensariam o crescimento da produção.
A Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, chamados de "Opep+", concordaram em reduzir a sua produção em quase 1,2 milhão de barris por dia combinados em 2019, em movimento que será revisado em uma revisão em abril.
O corte foi maior do que o mínimo de 1 milhão bpd esperado pelo mercado, apesar da pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para diminuir os preços do óleo.
A Opep reduzirá sua oferta em 800 mil pbd a partir de janeiro, enquanto não integrantes do grupo contribuirão com um corte adicional de 400 mil bpd, disse o ministro do Petróleo do Iraque, Thamer Ghadhban, após a organização concluir a reunião de dois dias em Viena.
Os futuros do petróleo Brent ganharam 1,61 dólar, ou 2,7 por cento, a 61,67 dólares por barril. Após o acordo, o Brent atingiu uma máxima do pregão de 63,73 dólares, antes de recuar. O petróleo dos EUA (WTI) subiu 1,12 dólar, ou 2,2 por cento, para 55,61 dólares o barril, depois de tocar uma máxima da sessão de 4,8 por cento.
Na semana, o WTI avançou 3 por cento, enquanto o Brent teve alta de 4,8 por cento.
(Por Jessica Resnick-Ault; Reportagem adicional por Julia Payne, Christopher Johnson e Henning Gloystein)