Por Marcelo Rochabrun
LIMA (Reuters) - A primeira-ministra peruana, Mirtha Vásquez, gerou polêmica no setor de mineração na sexta-feira, ao afirmar que um grupo de quatro minas na região andina de Ayacucho não teria permissão para prolongar seus cronogramas operacionais.
"Esta é uma medida arbitrária que ignora o Estado de Direito e seus princípios", disse Oscar Caipo, presidente da Confiep, que agrupa as maiores corporações do Peru.
Vásquez disse que o governo ajudaria a negociar os termos para o fechamento de quatro minas afetadas por protestos comunitários nas últimas semanas.
"Fecharemos as minas o mais rápido possível", disse Vásquez, de acordo com um comunicado do governo à imprensa. "Não haverá prorrogações, seja para exploração ou mesmo paralisação."
Duas das minas são de propriedade da Hochschild Mining; as outras duas são operações menores.
Os comentários desencadearam uma reação furiosa da indústria de mineração neste sábado, com executivos dizendo que, embora as minas estivessem formalmente programadas para fechar em breve, eles esperavam estender esses prazos.
De acordo com a lei peruana, todas as minas têm uma data prevista de fechamento, embora possam ser modificadas se os reguladores permitirem.