Por Sakura Murakami
TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse nesta quarta-feira que explicou ao premiê chinês, Li Qiang, a posição de seu país sobre a liberação de água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no oceano Pacífico, à margem de uma reunião entre líderes regionais na Indonésia.
O Japão começou a liberar a água da usina destruída no mês passado, atraindo fortes críticas chinesas. Em retaliação, a China impôs uma proibição geral a todas as importações de produtos aquáticos do Japão.
Um enorme terremoto e tsunami em 2011 desencadearam um colapso nuclear na usina de Fukushima Daiichi, no pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, 25 anos antes.
Kishida disse aos repórteres que conversou brevemente com Li antes de uma sessão na Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Jacarta.
"Durante a conversa, expliquei ao primeiro-ministro Li a posição do Japão sobre a água tratada", disse Kishida. Ele se recusou a dizer qual foi a resposta de Li.
Kishida evitou comentar diretamente se havia buscado o fim da proibição das importações aquáticas durante sua conversa com Li, repetindo que havia explicado a posição do Japão. Ele acrescentou que nada foi decidido sobre se ele conversará novamente com Li à margem da cúpula do G20 no fim de semana.
A conversa com Li marcou a primeira vez que os dois se encontraram pessoalmente, disse o Ministério das Relações Exteriores do Japão. Foi também a primeira conversa de alto nível entre os dois países desde o início da liberação da água de Fukushima.