Trípoli, 6 jan (EFE).- A produção de petróleo no campo de Bahr al Salam, situado no oeste da Líbia, caiu 50% como consequência dos enfrentamentos, informou nesta terça-feira à Agência Efe Mohammed al Harari, porta-voz da Companhia Nacional de Petróleo (CNP).
Al Harari explicou que este descenso influenciou negativamente na exportação de petróleo que é realizada desde a refinaria de petróleo da cidade litorânea de Melita (oeste) e que no geral, é "pouca" a exportação de petróleo neste momento, sem dar números.
Várias empresas líbias que alimentam os portos de Ras Lanuf e Sidra, situados no leste do país, pararam sua produção após a intensidade dos combates entre as forças da operação "Al Churuk" (próxima ao governo islamita de Trípoli) e os comandados por Ibrahim Yidran, leal ao general rebelde Jalifa Hafter.
A CNP expressou recentemente sua "profunda" preocupação após os ataques aéreos contra o porto petroleiro de Sidra, que em 25 de dezembro foi incendiado quando um foguete alcançou um de seus depósitos.
As perdas deste incêndio, que se estendeu a outros depósitos antes de ser extinto pelos bombeiros, foram estimadas em quase 1,7 milhão de barris de petróleo.
A nova onda de enfrentamentos na Líbia começou em 13 de dezembro, quando forças governamentais lançaram ataques aéreos perto dos portos de Sidra e Ras Lanuf, para deter o avanço de milícias islamitas.
Esta situação obrigou o governo de Trípoli a fechar os portos e lançar uma operação militar para tomar o controle.
A Missão das Nações Unidas de Apoio à Líbia (UNSMIL, sigla em inglês) adiou indefinidamente a sessão de diálogo nacional que devia ter começado ontem entre as distintas partes em conflito.
Desde que foi anunciada a rodada de diálogo, a violência se recrudesceu não só entre as distintas milícias, mas também contra instalações vitais como aeroportos e os terminais de exportação de petróleo, única fonte de divisas para a Líbia.