Por Alex Lawler
LONDRES (Reuters) - A produção de petróleo da Opep caiu em janeiro, revelou uma pesquisa da Reuters nesta terça-feira, uma vez que as exportações iraquianas caíram e a produção nigeriana não se recuperou ainda mais, enquanto membros do Golfo mantiveram forte o cumprimento de um acordo da Opep+ sobre cortes de produção para apoiar o mercado.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) produziu 28,87 milhões de barris por dia (bpd), segundo a pesquisa, uma queda de 50.000 bpd em relação a dezembro. Em setembro, a produção da Opep atingiu o nível mais alto desde 2020.
A produção da Opep e aliados, incluindo a Rússia, conhecida coletivamente como Opep+, aumentou durante a maior parte de 2022 à medida que a demanda se recuperou. Para novembro, com o enfraquecimento dos preços do petróleo, o grupo fez seu maior corte nas metas de produção desde os primeiros dias da pandemia de Covid-19 em 2020.
Sua decisão de novembro exigia um corte de 2 milhões de bpd na meta de produção da Opep+, dos quais cerca de 1,27 milhão de bpd deveriam vir dos 10 países participantes da Opep. A mesma meta se aplica atualmente.
Com a queda na produção neste mês, o cumprimento do acordo subiu para 172% dos cortes prometidos, segundo a pesquisa, contra 161% em dezembro.
A produção está significativamente aquém dos valores pretendidos porque muitos produtores - notavelmente Nigéria e Angola - não têm capacidade para bombear nos níveis acordados.
Os 10 membros da Opep obrigados a cortar a produção bombearam 920.000 bpd abaixo da meta do grupo para janeiro, segundo a pesquisa. O déficit em dezembro foi de 780 mil bpd.
(Reportagem de Alex Lawler; Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar)