LONDRES (Reuters) - A produção de petróleo da Opep deve atingir em julho sua máxima na história recente, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta sexta-feira, uma vez que o Iraque está bombeando mais petróleo e com a Nigéria conseguindo exportar mais petróleo apesar dos ataques militantes nas instalações de petróleo.
A Arábia Saudita, principal exportadora da Opep, manteve a produção próxima a uma máxima recorde, mostrou a pesquisa, uma vez que atende à demanda doméstica sazonalmente mais alta e foca em manter a participação de mercado ao invés de cortar a oferta para aumentar os preços.
A oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) subiu para 33,41 milhões de barris por dia em julho ante 33,31 milhões de barris por dia em junho, segundo a pesquisa baseada em dados de remessas e informações de fontes da indústria.
O aumento na produção da Opep somou-se à pressão baixista nos preços. O petróleo caiu de uma máxima de 2016 próximo a 53 dólares por barril em junho para 42 dólares por barril nesta sexta-feira, pressionado também por preocupações sobre uma demanda mais fraca.
A produção da Opep pode subir ainda mais caso negociações para reabrir unidades de petróleo na Líbia tenham sucesso. Conflitos tem reduzido a produção líbia.
"Isso pode liberar mais petróleo a curto prazo em um mercado com oferta já abundante", disse Carsten Fritsch, do Commerzbank, embora esperanças anteriores de um recomeço não tenham tido sucesso.
(Por Alex Lawler)