PEQUIM (Reuters) - A produção total de grãos da China alcançou um recorde de mais de 700 milhões de toneladas em 2024, informou o Departamento Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira, enquanto Pequim se esforça para aumentar a produção em busca de segurança alimentar.
A produção do ano no maior importador mundial de grãos foi de 706,5 milhões de toneladas, após maiores colheitas de arroz, trigo e milho, disse Wei Fenghua, vice-diretor do departamento rural, no comunicado.
O volume foi 1,6% maior do que a colheita de 2023, de 695,41 milhões de toneladas, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas.
"A colheita de grãos do ano foi novamente abundante", disse Wei, depois que as regiões e autoridades da China adotaram estritamente as tarefas de proteção de terras agrícolas e segurança alimentar, enquanto superavam os efeitos adversos de desastres naturais.
A China é altamente dependente das importações do Brasil e dos Estados Unidos para alimentar sua população de 1,4 bilhão de habitantes.
Nos últimos anos, a China intensificou os investimentos em maquinário agrícola e tecnologia de sementes na tentativa de garantir a segurança alimentar.
A produção de arroz em 2024 subiu para 207,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,5% em relação ao ano anterior, enquanto a produção de trigo cresceu 2,6%, para 140,1 milhões de toneladas, segundo os dados.
O milho teve um salto maior, atingindo o recorde de 294,92 milhões de toneladas, um aumento de 2,1% em relação ao ano anterior. A soja caiu 0,9%, para 20,65 milhões de toneladas.
A colheita abundante foi atribuída a maiores plantações de arroz e milho, além de melhores rendimentos de arroz, trigo e milho.
A área semeada nacional de grãos foi de cerca de 294,9 milhões de acres (119,34 milhões de hectares), um aumento de 0,3% em relação ao ano anterior, em um quinto ano consecutivo de expansão, disse Wei.
O tamanho do plantio de arroz aumentou pela primeira vez em quatro anos, expandindo 0,2% no ano para 71,66 milhões de acres (29 milhões de hectares). O plantio de milho também foi 1,2% maior, para 110,54 milhões de acres (44,74 milhões de hectares).
O plantio de soja diminuiu 1,4%, para 25,53 milhões de acres (10,33 milhões de hectares), e o de trigo também caiu 0,2%, para 58,32 milhões de acres (23,6 milhões de hectares).
Apesar do aumento da produção, a China continua dependente de suprimentos importados de soja e milho, segundo o Ministério da Agricultura do país.
(Reportagem de Mei Mei Chu e Ella Cao)