Investing.com - Os preços do petróleo se recuperaram levemente nesta quinta-feira de manhã depois de tocarem em seu menor nível em 10 meses no pregão de ontem, em uma renovação dos receios sobre uma maior produção no shale dos EUA.
O WTI era vendido a US$ 43,10 o barril, alta de US$ 0,59, cerca de 1,4%, depois de ser cotado a US$ 42,05, seu menor valor desde 11 de agosto de 2016.
O Brent sobe US$ 0,80 e é negociado a US$ 45,60 o barril, ganhos de 1,7%. No pregão de ontem, o benchmark global bateu na mínima de US$ 44,35, valor mais baixo desde 14 de novembro de 2016.
Desde o pico no fim de fevereiro, o petróleo já cedeu 20%, tocando na definição técnica de ‘bear market’.
Os preços do petróleo estão sob pressão nas últimas semanas com a preocupação de que a produção crescente nos EUA aumente a sobreoferta global.
A exploração de petróleo no país na semana passada registrou mais 22 sondas em atividade, segundo levantamento da Baker Hughes. Essa tendência indica maior produção no médio prazo.
De acordo com a agência de energia dos EUA (EIA), a produção doméstica aumentou em 20 mil barris/dia, para 9,35 milhões de barris/dia na semana passada, quase 20% acima na comparação com igual período do ano passado.
O aumento nas atividades de perfuração e da produção no shale praticamente compensaram os esforços da Opep e de grandes exportadores de cortar a oferta global para equilibrar o mercado.
No mês passada, o cartel e outros países estenderam até março de 2018 o plano de reduzir a produção em 1,8 milhão de barris/dia.
Até o momento, o acordo teve pouco impacto no nível de estoque mundial, levando os analistas a reduzirem suas expectativas de preços da commodity para até US$ 20/barril.
Para ver mais quadrinhos semanais do Investing.com, acesse: http://br.investing.com/analysis/comics