LONDRES (Reuters) - As restrições globais à exportação de materiais críticos cresceram mais de cinco vezes na última década, disse a OCDE nesta terça-feira, o que pode atingir esforços de governos que afirmam ter meta para reduzir emissões de carbono.
Cerca de 10% do valor global das exportações de matérias-primas como lítio, cobalto e terras raras, necessárias para veículos elétricos e projetos de energia renovável, enfrentaram pelo menos uma medida de restrição à exportação, segundo estudo da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE).
"O impacto econômico global geral dessas medidas pode, portanto, ser considerável", afirmou o órgão.
China, Índia, Argentina, Rússia, Vietnã e Cazaquistão foram os seis principais países em termos de número de novas restrições à exportação durante 2009 a 2020, o escopo do estudo.
As medidas geralmente assumem a forma de impostos de exportação em vez de limites às quantidades, que geralmente são proibidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio, enquanto os tributos não são, disse o relatório.
As restrições cresceram mais rapidamente em segmentos "upstream", como minérios, do que em outros segmentos, acrescentou a OCDE.
A produção de matérias-primas críticas tornou-se mais concentrada na última década, com a China entre os três principais produtores de seis dos dez materiais mais concentrados, disse o estudo.
(Por Eric Onstad)