SÃO PAULO (Reuters) - A média diária de exportações de milho do Brasil alcançou 43,66 mil toneladas até a terceira semana do mês, uma expressiva queda de 74,77% ante as 173 mil toneladas ao dia enviadas ao exterior em julho do ano passado, mostraram dados do governo federal nesta segunda-feira.
Pressionado pela quebra na segunda safra 2020/21 do cereal e atraso na colheita, o embarque de milho acumulado neste mês atingiu 523,9 mil toneladas. No ano passado, quase 4 milhões de toneladas foram exportadas no total de julho, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Dados divulgados pela consultoria AgRural nesta segunda-feira mostraram que a colheita de milho da "safrinha" do centro-sul --principal região produtora-- atingiu 30% das áreas até o último dia 15, forte atraso ante os 43% registrados em igual período da temporada passada.
A AgRural disse em nota que o atraso ocorre em função do plantio tardio e das temperaturas mais amenas, inclusive com uma nova onda de frio no radar dos produtores nesta semana. A safra do cereal, além de geadas, já foi impactada pela estiagem no país.
Ainda de acordo com a Secex, a média diária de embarques de soja chegou a 462,5 mil toneladas até a terceira semana de julho ante 432,8 mil ao dia no mesmo mês completo de 2020.
(Por Nayara Figueiredo e Gabriel Araujo)