DUBAI (Reuters) - O ministro de Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, descreveu como "sem sentido" uma notícia publicada na imprensa segundo a qual o governo saudita estaria avaliando deixar a aliança Opep+, com países incluindo a Rússia.
"Isso é absurdo e completamente sem sentido", disse o príncipe Abdulaziz à Reuters nesta sexta-feira.
Os comentários foram feitos após uma reportagem do Wall Street Journal segundo a qual a Arábia Saudita estaria considerando sair da Opep+, uma aliança entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores.
O jornal disse, citando fontes anônimas, que a Arábia Saudita, o Kuweit e os Emirados Árabes Unidos teriam planos para discutir nesta semana um possível corte de produção de petróleo conjunto de até 300 mil barris por dia (bpd).
O corte, a ser realizado somente pelos três países, segundo a publicação, ocorreria em momento em que um surto de coronavírus na China tem afetado significativamente a demanda por petróleo.
"Nós todos assinamos a carta da Opep+ e continuaremos a agir de maneira coletiva. Estamos em comunicação e diálogo contínuos com todos nossos parceiros da Opep e da Opep+", disse o ministro saudita à Reuters.
Um comitê técnico da Opep+ recomendou neste mês que o grupo aumente seus cortes de produção em 600 mil bpd para compensar a queda na demanda devido ao coronavírus.
A Rússia, no entanto, ainda precisa dar aprovação final à proposta.