Por Katie Paul
RIAD (Reuters) - O pacto global que visa reduzir os excedentes de petróleo e sustentar os preços pode ser prolongado se necessário, mas a decisão não é iminente, disse o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, nesta quinta-feira.
Ele comentava o acordo depois de uma reunião com o rei saudita, Salman, em Riad.
"Estamos prontos para debater o tópico e, se houver necessidade, estamos prontos para cogitar uma prorrogação", disse Novak por meio de um tradutor.
"Mas precisaríamos analisar muitos dados de forma a entender o quadro no momento de tomar esta decisão, e é por isso que acreditamos que ela pode ser tomada em uma data posterior", disse aos repórteres.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores destacados da commodity, incluindo a Rússia, concordaram em reduzir a produção de petróleo conjunta em quase 1,8 milhão de barris por dia e em manter o nível mais baixo de produção até o final de março de 2018.
A Opep, a Rússia e outros produtores de petróleo devem se reunir no final de novembro em Viena para decidir se prorrogam o pacto atual de corte de suprimento.
O acordo já se mostrou benéfico ao mercado de petróleo, que viu os preços se recuperarem e chegarem a mais de 60 dólares por barril, algo que não se via desde meados de 2015.