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Safras corta levemente estimativa para soja do Brasil com tempo mais favorável

Publicado 15.02.2019, 14:54
© Reuters. Trabalhadores em lavoura de soja em São Desidério, na Bahia
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SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja 2018/19 do Brasil, em colheita, deve atingir 115,4 milhões de toneladas, disse nesta sexta-feira a Safras & Mercado, em um ligeiro corte ante os 115,7 milhões considerados em janeiro, à medida que o tempo volta a melhorar após meses de chuvas irregulares e altas temperaturas.

"A melhora climática registrada nas últimas semanas em praticamente todas as regiões produtoras do país vem impedindo que as perdas avancem, principalmente no Centro-Oeste e no Sudeste", afirmou, em nota, o analista Luiz Fernando Roque, da consultoria.

"A colheita também tem revelado produtividades além do esperado em algumas microrregiões estaduais, o que acaba compensando parte das perdas já registradas à nível estadual", acrescentou.

A atual temporada de soja no Brasil, o maior exportador mundial da oleaginosa, começou com perspectivas amplamente favoráveis em razão de chuvas na época do plantio. Seca e calor a partir de dezembro, contudo, reduziram o potencial produtivo da safra.

Com as revisões, o mercado deixou de apostar em uma colheita recorde neste ano, como se supunha antes das adversidades. Conforme a Safras & Mercado, a produção tende a cair 5,1 por cento ante 2017/18, apesar de a área ter ido a históricos 36,4 milhões de hectares.

Apesar da consolidação das perdas, a consultoria alerta para riscos. O clima continua como fator importante para o desenvolvimento final de parte das lavouras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Matopiba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia).

Nessas regiões, as produtividades médias podem sofrer alterações um pouco mais relevantes, principalmente nas variedades semeadas mais tardiamente, segundo a Safras & Mercado.

MILHO

Na contramão da soja, a consultoria traçou boas perspectivas para o milho, cuja safra total tende a aumentar 16,5 por cento ante 2017/18, para 93,3 milhões de toneladas, com semeadura 2,4 por cento superior, a 16,6 milhões de hectares.

A primeira safra, em colheita, deve ficar em 24,2 milhões de toneladas no centro-sul, queda de 1,6 por cento na comparação anual.

"Houve problemas de estiagem mais expressivos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, que contribuíram para a revisão dos números de produção", afirmou em nota o analista Paulo Molinari.

Quanto à segunda safra, a "safrinha", que responde pelo grosso da produção nacional, a Safras & Mercado vê aumento de quase 30 por cento na colheita no centro-sul, para 62,8 milhões de toneladas. Na previsão anterior, via produção de 62 milhões.

"A estimativa de colheita da safrinha deve compensar um pouco as perdas que serão registradas na safra de verão", comentou Molinari.

Não houve ajuste para a área da segunda safra, mantida em 11,2 milhões de hectares. No ciclo passado, foram 10,5 milhões.

Safras indicou ainda produção de 6,336 milhões de toneladas de milho para as regiões Norte e Nordeste, 8,1 por cento menor ante 2017/18.

ALGODÃO

A produção brasileira de algodão em pluma deverá totalizar 2,61 milhões de toneladas em 2018/19, aumento de 24,6 por cento sobre o ano anterior, segundo a Safras, que na estimativa prévia havia apontado 2,485 milhões de toneladas.

A área plantada deverá ser de 1,494 milhão de hectares, aumentando 25,2 por cento sobre 2017/18.

Segundo a consultoria, os produtores de algodão estão finalizando o plantio da maior safra de algodão da história, no embalo dos bons resultados das duas últimas temporadas.

© Reuters. Trabalhadores em lavoura de soja em São Desidério, na Bahia

Em Mato Grosso, maior produtor nacional, a área foi revisada de 935 mil hectares para 1 milhão de hectares no atual, com a maior parte do plantio ocorrendo na segunda safra.

(Por José Roberto Gomes)

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