Por Reem Shamseddine e Celine Aswad e Rania El Gamal
KHOBAR, Arábia Saudita/DUBAI (Reuters) - A Arábia Saudita está considerando vender ações em empreendimentos de refino com empresas petroleiras estrangeiras, mas não irá oferecer uma participação nas operações de exploração e produção de petróleo da gigante estatal Saudi Aramco, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
Alguns executivos da Aramco foram informados que a empresa está avaliando a listagem de ações em "subsidiárias conjuntas em 'downstream' (refino e distribuição de derivados)" em casa e no exterior, disseram as fontes.
Uma opção é criação de uma holding que iria agrupar as participações da Aramco nas subsidiárias com atividades de refino, disse uma fonte. Ações da empresa-mãe não seriam ofertadas, acrescentou.
"A holding é a empresa que poderia ser listada, não a própria Aramco", afirmou a fonte, que pediu anonimato em função da sensibilidade política do assunto.
O mercado global de energia tem visto grande especulação acerca do tema desde que o vice-príncipe herdeiro Mohammed bin Salman pareceu indicar em uma entrevista à revista The Economist, na semana passada, que a Arábia Saudita poderia vender ações da Aramco como parte de uma investida em privatização para levantar recursos numa momento de baixa do petróleo.
Na sexta-feira, a Aramco, maior companhia de petróleo do mundo, emitiu um breve comunicado dizendo que estava considerando opções, incluindo a listagem no mercado de ações "de uma porcentagem adequada das ações da empresa e/ou a listagem de um agrupamento (de) suas subsidiárias em downstream".