Investing.com – Os estoques globais de soja no final de 2024/2025 podem se recompor, diante da tendência de aumento das áreas voltadas à produção da oleaginosa no Brasil, Argentina e nos Estados Unidos, aponta estudo do Rabobank divulgado nesta semana. Dessa forma, a safra, a nível internacional, pode atingir um patamar recorde, tendo efeito também nos preços.
“Um cenário de margens mais favoráveis para a soja em relação a outras culturas, como o milho, e até mesmo questões relacionadas à incidência de pragas, tem favorecido o aumento da área plantada de soja nos três maiores produtores da oleaginosa”, afirmou o Rabobank no relatório AgroInfo Q3 2024.
A área plantada no Brasil deve aumentar 1,5% nesta safra, estima o banco, que destaca os impactos de uma eventual safra recorde para os preços internacionais, com negociações na bolsa de Chicago (CBOT).
“Com a queda das cotações da CBOT, notou-se uma melhora dos prêmios negociados nos portos brasileiros para as vendas futuras. Entretanto, se confirmada a safra recorde da oleaginosa no Brasil, os prêmios poderão voltar a atingir patamares negativos”.
Condições favoráveis para as safras na América do Sul também podem ser pontos de pressão para os preços negociados em Chicago.
Exportações no Brasil
As exportações brasileiras foram maximizadas mesmo com queda na safra em cerca de 7 milhões de toneladas em 2023/2024, o que, segundo o Rabobank, ressalta “a competitividade da soja brasileira frente a seus principais concorrentes (EUA e Argentina)".
O banco projeta uma diminuição das exportações brasileiras de soja no último trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior.