Viena, 24 mai (EFE).- Um comitê de países grandes produtores de petróleo recomendou nesta quarta-feira prolongar por nove meses a redução da oferta da matéria-prima, de 1,8 milhão de barris diários (mbd), aplicada por 24 nações desde 1º de janeiro de 2017 e vigente até 30 de junho.
Se conseguir o apoio de todos os participantes, a decisão será adotada amanhã em Viena, em uma reunião dos 13 membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e 11 dos seus principais competidores.
Para verificar o cumprimento do corte, foi criado um comitê de cinco países - Argélia, Kuwait e Venezuela pela Opep, além de Omã e Rússia em representação dos produtores de fora da organização.
Em comunicado, este comitê destacou o alto cumprimento do pacto pelos participantes. Após a reunião desta quarta-feira, na qual foi estudada a situação do mercado mundial de petróleo, os países concluíram que "é necessário ampliar os ajustes de produção", sobretudo diante do atual nível dos estoques de petróleo (que ainda consideram alto).
Criado em dezembro para monitorar o cumprimento do corte, o comitê "decidiu recomendar" aos participantes um prolongamento "de nove meses a partir de 1º de julho de 2017".
A idéia de manter o corte de produção até o final de março foi promovida há uma semana pela Arábia Saudita, maior exportadora mundial de petróleo e líder natural da Opep, e a Rússia, que não pertence à organização.
De acordo com declarações dos delegados em Viena, tudo aponta que os demais países aceitarão a proposta.