Investing.com - Os contratos futuros de trigo e milho recuaram nesta terça-feira, após a forte recuperação da última sessão, que foi desencadeada pelas preocupações com uma interrupção no abastecimento oriundo da Ucrânia.
A possibilidade de conflito militar na Ucrânia diminuiu após notícias de que o presidente russo Vladimir Putin ordenou que as tropas envolvidas nos exercícios militares perto das fronteiras da Ucrânia voltassem a suas bases.
Os preços do grão caíram drasticamente na segunda-feira uma vez que as tensões geopolíticas aumentaram depois que o parlamento russo autorizou o presidente Putin a usar a força militar na Ucrânia.
O Ministério da Agricultura dos EUA (USDA) espera que a Ucrânia seja o quinto maior país exportador de trigo e o terceiro maior exportador de milho no ano de comercialização atual.
Uma interrupção no abastecimento oriundo da Ucrânia pode significar aumento na demanda pelas reservas norte-americanas.
Na Bolsa Mercantil de Chicago, o trigo para entrega em maio caiu para uma baixa da sessão de US$ 6,2213 por bushel. Os preços do grão estavam sendo negociados a US$ 6,2463 por bushel nas negociações norte-americanas da manhã, caindo 0,95%.
Na segunda-feira, o contrato de soja recuperou-se para US$ 6,4440, o nível mais alto desde 10 de dezembro, antes de reduzir seus ganhos e ficar em US$ 6,3140 por bushel, subindo 4,86%.
O USDA projetou que Rússia e Ucrânia produzirão um combinado de 74 milhões de toneladas de trigo na temporada de comercialização de 2013-14 e exportar um total de 26,5 milhões de toneladas do grão, o que representa 17% do comércio mundial.
Segundo o USDA, prevê-se que a Ucrânia exporte 10 milhões de toneladas de trigo na temporada atual, ao passo que os embarques de trigo da Rússia devem totalizar 16,5 milhões de toneladas.
Enquanto isso, os futuros de milho para entrega em maio saltaram para uma baixa diária de US$ 4,6713 por bushel, antes de reduzirem os ganhos e serem negociados a US$ 4,6763 por bushel, caindo 0,5%.
Na segunda-feira, o contrato de milho de maio subiu para US$ 4,8260, o nível mais alto desde 3 de setembro, antes de ficar em US$ 4,7040 por bushel, avançando 1,51%.
Segundo o USDA, prevê-se que a Ucrânia exporte 18,5 milhões de toneladas de trigo na temporada atual, o que representa 16% do comércio mundial.
Na CBOT, os contratos futuros de soja para entrega em maio subiram 0,2% e foram negociados a US$ 14,1275 por bushel. Na segunda-feira, os preços da oleaginosa perderam 0,34%, para US$ 14,0920 por bushel.
O contrato de maio atingiu uma alta de seis meses de US$ 14,4540 por bushel em 27 de fevereiro.
Os preços da oleaginosa ficaram bem apoiados nas últimas sessões após condições climáticas quentes e secas nas principais regiões produtoras de soja no Brasil e na Argentina terem alimentado preocupações com as perspectivas de safra.
Os países sul-americanos são os principais exportadores de soja e competem com os EUA pelos negócios no mercado global. As perdas nas safras brasileiras e argentinas podem significar aumento na demanda pelas reservas norte-americanas.
O milho é a maior safra norte-americana, seguido pela soja, segundo estatísticas do governo. O trigo ocupa o quarto lugar, atrás do feno.