UE intensifica planos de retaliação conforme diminuem perspectivas de acordo tarifário com os EUA

Publicado 21.07.2025, 08:38
Atualizado 21.07.2025, 08:40
© Reuters. Porto de Duisburg, Alemanhan14/07/2025. REUTERS/Thilo Schmuelgen/File Photo

Por Philip Blenkinsop

BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia está explorando um conjunto mais amplo de possíveis contramedidas contra os Estados Unidos à medida que as perspectivas de um acordo comercial aceitável com Washington diminuem, de acordo com diplomatas da UE.

Um número cada vez maior de membros da UE, incluindo a Alemanha, está considerando agora o uso de medidas "anti-coerção" que permitiriam que o bloco visasse os serviços e outros setores dos EUA na ausência de um acordo, segundo diplomatas.

A Comissão Europeia, que negocia acordos comerciais em nome do bloco de 27 membros, parecia estar no caminho certo para um acordo no qual a UE ainda enfrentaria uma tarifa de 10% dos EUA sobre a maioria de suas exportações, com algumas concessões.

Essas expectativas agora parecem ter sido frustradas após a ameaça do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 30% até 1º de agosto, e após as conversas entre o comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, e seus pares norte-americanos em Washington na semana passada.

Sefcovic, que disse que uma tarifa de 30% "praticamente proibiria" o comércio transatlântico, entregou um relatório sóbrio sobre a situação atual aos enviados da UE na sexta-feira, disseram diplomatas à Reuters.

Os interlocutores dos EUA apresentaram soluções divergentes durante suas reuniões, incluindo uma taxa básica que poderia ser bem superior a 10%, acrescentaram os diplomatas da UE.

"Cada interlocutor parecia ter ideias diferentes. Ninguém pode dizer (a Sefcovic) o que de facto funcionaria com Trump", disse um diplomata.

As perspectivas de flexibilização ou remoção das tarifas norte-americanas de 50% sobre aço e alumínio e de 25% sobre carros e peças automotivas parecem limitadas.

Washington também rejeitou a demanda da UE por um pacto de "suspensão", segundo o qual nenhuma tarifa adicional seria imposta após a conclusão de um acordo. A justificativa, segundo diplomatas, é que Trump não pode ficar de mãos atadas em relação à segurança nacional, a base das investigações comerciais da Seção 232 sobre produtos farmacêuticos, semicondutores e madeira.

Dessa forma, o clima mudou entre os países da UE, segundo diplomatas europeus, e eles estão mais prontos para reagir, embora uma solução negociada seja sua opção preferida.

A UE tem um pacote de tarifas sobre 21 bilhões de euros em produtos norte-americanos que está atualmente suspenso até 6 de agosto. O bloco ainda precisa decidir sobre um novo conjunto de contramedidas sobre 72 bilhões de euros de exportações dos EUA.

(Reportagem de Philip Blenkinsop e Andrew Gray)

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