RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas de gasolina C em setembro no Brasil recuaram 17,37 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado, para 2,89 milhões de metros cúbicos, o menor nível dos últimos cinco anos pelo sexto mês consecutivo, em meio a um aumento dos preços do combustível, informaram dados oficiais nesta quarta-feira.
O volume também foi 9,51 por cento menor que o registrado em agosto, conforme boletim mensal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo dados da ANP, a gasolina registrou em setembro recorde de preços, sem considerar a inflação, devido a indicadores internacionais como o petróleo Brent e o comportamento do dólar.
Em relação ao mês anterior, a alta do preço médio da gasolina C em setembro ficou em torno de 5,62 por cento, segundo a ANP.
A gasolina da Petrobras (SA:PETR4) vendida às distribuidoras é ajustada de acordo com o mercado e o repasse aos consumidores depende de outros elos da cadeia, assim como de impostos e da mistura de etanol anidro.
A ANP disse ainda que em setembro houve queda na participação da gasolina no consumo total do Ciclo Otto pelo sexto mês consecutivo, para 54,9 por cento.
As vendas de etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, caíram 1,21 por cento em setembro em relação ao mês imediatamente anterior, para 1,8 milhão de m³.
Na comparação anual, as vendas de etanol hidratado ficaram substancialmente acima do observado no mesmo período do ano anterior, segundo a ANP, com alta de 37,26 por cento.
Já as vendas de diesel, por sua vez, caíram 8,1 por cento em relação a agosto, para 4,77 milhões de m³. Na comparação anual, o volume comercializado de diesel em setembro ficou 1,61 por cento abaixo do registrado no mesmo período de 2017.
(Por Marta Nogueira)