SÃO PAULO (Reuters) - As condições impostas pelos Estados Unidos para as exportações brasileiras de aço ao país devem fazer o volume vendido ao mercado norte-americano cair 20 por cento neste ano, segundo números divulgados nesta quarta-feira pela associação que representa as siderúrgicas do Brasil, IABr.
O setor decidiu aceitar a alternativa de "hard quota" apresentada pelos EUA para que suas exportações não sofram incidência de uma sobretaxa de 25 por cento.
O sistema, que segundo o IABr não é previsto no sistema de regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), define um limite de volume de vendas de aço pelo Brasil aos EUA, com base em uma média de exportações de anos anteriores.
"Em linhas gerais estamos falando em (quota de aços) semiacabados de 3,5 milhões de toneladas e para acabados... 496 mil toneladas", disse o presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, em teleconferência com jornalistas. Ele se referiu à projeção de exportações do Brasil para os EUA em 2018, considerando as quotas e o volume que já está bloqueado por medidas antidumping norte-americanas tomadas anos atrás. Em 2017, o setor afirma que as exportações de aço para os EUA somaram cerca de 5 milhões de toneladas.
(Por Alberto Alerigi Jr.)