COPENHAGUE (Reuters) - Um vulcão ao sul da capital da Islândia, Reykjavik, expeliu fumaça e lava pelo segundo dia nesta quinta-feira, embora em um ritmo significativamente mais lento, segundo as autoridades.
A erupção, a quinta desde dezembro, foi a mais poderosa na área desde que os sistemas vulcânicos na península de Reykjanes se tornaram ativos há três anos, depois de permanecerem inativos por oito séculos, de acordo com Escritório Islandês de Meteorologia.
"Desde a tarde de ontem, a atividade na fissura vulcânica (...) diminuiu significativamente", disse o escritório em um comunicado nesta quinta-feira.
A cidade pesqueira de Grindavik, onde apenas algumas pessoas retornaram depois que várias casas foram destruídas pela lava neste ano, foi novamente submetida a uma ordem de retirada, assim como o spa ao ar livre Blue Lagoon, nas proximidades, uma importante atração turística.
Jona Runa Erlingsdottir, gerente de uma fábrica de peixes salgados em Grindavik, estava trabalhando quando a erupção começou na quarta-feira e uma sirene foi ouvida em toda a cidade.
"Tivemos apenas uma hora para limpar o local e sair", disse Erlingsdottir à Reuters.
A fábrica de peixes retomou as operações em abril, depois de ter sido transferida para uma cidade próxima devido às erupções anteriores. Grandes diques foram construídos neste ano ao redor de Grindavik para desviar os fluxos de lava para longe da cidade.
"Foi um pouco estranho começar a trabalhar lá novamente e ver os muros de segurança ao redor da cidade. Não temos mais a mesma visão de antes", disse ela.
"Acho que nunca mais será a mesma coisa em Grindavik. Só espero que essa seja a última erupção", disse Erlingsdottir.
O escritório de meteorologia disse que os fluxos de lava atingiram os diques construídos ao redor de Grindavik, desviando a rocha derretida a oeste em torno da cidade.
Não houve relatos de feridos após a erupção.
O aeroporto de Keflavik, o maior da Islândia, estava funcionando normalmente.
(Reportagem de Louise Rasmussen e Isabelle Yr Carlsson)