Slides do 2º tri 2025 da Oi revelam alteração do PRJ e melhora nas margens de EBITDA

Publicado 05.09.2025, 08:16
Slides do 2º tri 2025 da Oi revelam alteração do PRJ e melhora nas margens de EBITDA

Introdução e contexto de mercado

A empresa brasileira de telecomunicações Oi SA (B3:OIBR4) apresentou seus resultados do segundo trimestre de 2025 em 5 de setembro, detalhando uma proposta de alteração ao seu Plano de Recuperação Judicial (PRJ) e mostrando margens de EBITDA trimestrais melhoradas, apesar de quedas significativas na receita em comparação ao ano anterior.

A empresa, que continua a navegar sob proteção de falência, está mudando seu modelo de negócios para soluções digitais enquanto gerencia a desmobilização controlada de redes legadas. A apresentação destacou os esforços da Oi para garantir a sustentabilidade financeira por meio de reestruturação da dívida e eficiência operacional.

Como mostrado no slide a seguir, que descreve os objetivos da alteração do PRJ, a Oi visa garantir a continuidade de seu plano de reorganização enquanto melhora a sustentabilidade e a criação de valor:

Destaques do desempenho trimestral

A Oi reportou receita líquida consolidada de R$ 684 milhões no 2º tri 2025, representando uma queda substancial de 66,5% em relação ao ano anterior. Esta forte diminuição reflete a transformação contínua da empresa e a alienação de ativos não essenciais. A composição da receita mudou significativamente, com a Oi Soluções agora contribuindo com 50% da receita total, subsidiárias representando 39% e operações legadas apenas 11%.

O slide a seguir detalha a divisão da receita e as mudanças ano a ano:

Apesar da queda na receita, a Oi mostrou melhora em seu desempenho de EBITDA. O EBITDA de rotina para o 2º tri 2025 foi negativo em R$ 98 milhões, uma melhoria substancial em relação aos R$ 445 milhões negativos reportados no 1º tri 2025. Isso resultou em uma margem EBITDA de -14,3% no 2º tri, comparada a -31,1% no trimestre anterior.

O CAPEX da empresa diminuiu para R$ 41 milhões no 2º tri 2025, representando 6,0% da receita, como mostrado no gráfico a seguir:

Iniciativas estratégicas

A apresentação da Oi enfatizou sua mudança estratégica para soluções digitais, particularmente através de sua divisão Oi Soluções, que gerou R$ 342 milhões em receita durante o trimestre. A empresa está focando em soluções de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) de maior valor, que agora representam 34% da receita da Oi Soluções.

A receita de cloud cresceu 11% em relação ao ano anterior, enquanto as receitas de UC&C (Comunicações Unificadas e Colaboração) e IoT (Internet das Coisas) aumentaram 22% e 6%, respectivamente. Essas áreas de crescimento compensaram parcialmente a queda de 22% nos serviços tradicionais de telecomunicações.

O slide a seguir fornece uma visão abrangente do desempenho da receita e iniciativas de eficiência:

A redução de custos continua sendo um foco principal para a Oi, com despesas operacionais diminuindo 58,4% em relação ao ano anterior. A empresa alcançou economias significativas em múltiplas categorias, incluindo uma redução de 24,8% nos custos de manutenção de rede e uma diminuição de 19,0% nas despesas com pessoal, apoiada por uma redução de 16,5% no quadro de funcionários em comparação ao ano anterior.

Como ilustrado na seguinte análise detalhada de custos:

A desmobilização das redes legadas continua a gerar economias substanciais de custos, com economias acumuladas de R$ 1,4 bilhão de janeiro de 2024 a junho de 2025. A Oi projeta economias potenciais de aproximadamente R$ 2,5 bilhões até o final de 2025.

Declarações prospectivas

Um componente central da apresentação da Oi foi a proposta de alteração ao seu Plano de Recuperação Judicial. A alteração visa renegociar termos com credores, potencialmente gerando um reforço de caixa de R$ 2,6 bilhões. Elementos-chave incluem novas metodologias de pagamento para credores da Classe I (Trabalhistas) e Classe III (Fornecedores), e provisões para credores pós-petição receberem pagamentos provenientes da venda de imóveis.

A posição de caixa da empresa estava em R$ 1.155 milhões ao final do 2º tri 2025, abaixo dos R$ 1.454 milhões do trimestre anterior. A dívida líquida aumentou ligeiramente para R$ 10.034 milhões, de R$ 9.837 milhões no 1º tri 2025, como mostrado nesta análise de fluxo de caixa e dívida:

A Oi destacou vários marcos importantes alcançados em 2024 e 2025, incluindo a aprovação de seu plano de reorganização, avanços regulatórios, conclusão de um aumento de capital, implementação de novas estruturas de governança e a venda das UPIs ClientCo e TVCo. Olhando para o futuro, a empresa está focando na consolidação da Oi Soluções como um player de soluções digitais enquanto mantém seus esforços de redução de custos.

A apresentação da empresa incluiu projeções financeiras até 2030, sugerindo um caminho para melhorar o desempenho financeiro à medida que sua estratégia de transformação se consolida. No entanto, essas projeções dependerão fortemente da implementação bem-sucedida da alteração do PRJ e da execução contínua das iniciativas estratégicas da empresa.

As ações da Oi fecharam a R$ 7,25 em 4 de setembro de 2025, com alta de 0,97% no dia. As ações foram negociadas entre R$ 5,65 e R$ 14,95 nas últimas 52 semanas, refletindo a volatilidade contínua enquanto a empresa navega em seu processo de reestruturação.

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Apresentação completa:

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