Por Emma Thomasson e Thomas Escritt
BERLIM (Reuters) - A Alemanha relatou mais 45.753 casos novos de coronavírus e 388 mortes nesta terça-feira, mas a incidência de casos de sete dias para cada 100 mil habitantes recuou ligeiramente pela primeira vez em três semanas enquanto autoridades cogitam impor medidas duras.
A chanceler Angela Merkel e seu sucessor designado, Olaf Scholz, estão enfrentando apelos crescentes para a imposição de um novo lockdown para evitar uma disseminação adicional exponencial do vírus agora que uma quarta onda sobrecarrega hospitais de todo o país.
O poderoso Tribunal Constitucional alemão determinou nesta terça-feira que medidas precoces de lockdown não violam o direito das crianças ao ensino ou outras liberdades constitucionais, uma vitória para o governo que, com isso, tem mais autonomia para decidir medidas futuras.
O Instituto Robert Koch de Doenças Infecciosas relatou que 452,2 pessoas de cada 100 mil habitantes se infectaram na última semana, menos do que as 452,4 de segunda-feira e a primeira queda desde o início de novembro.
O número de casos novos ainda está 427 acima daquele de uma semana atrás, mas o ritmo do aumento semanal está se estabilizando nos últimos dias.
A Alemanha adota restrições para pessoas que não se vacinaram e se empenha em acelerar a distribuição de doses de reforço.
Merkel, Scholz e líderes regionais devem se reunir nesta terça-feira para debater como reagir à crise, especialmente depois que casos da nova variante ômicron foram detectados no país.
Cerca de 68% dos cerca de 83 milhões de habitantes estão totalmente vacinados, muito menos do que em países do sul europeu como Portugal e Espanha.