Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira que deu autorização para testes clínicos no Brasil de duas potenciais vacinas contra a Covid-19, uma desenvolvida pelo Instituto de Biologia Médica da Academia Chinesa de Ciências Médicas e a segunda pela AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34), uma nova versão do imunizante da fabricante já aplicado no Brasil.
De acordo com nota do órgão regulador, o potencial imunizante desenvolvido na China usa a tecnologia de vacina inativada e os testes serão de Fase 3 --para avaliar eficácia, segurança e a imunogenicidade da vacina. A aplicação será feita em duas doses, com intervalo de 14 dias entre elas.
Além do Brasil, o estudo será feito na China e em outros países, com 34.020 voluntários. No Brasil, serão 7.992 voluntários nos Estados de Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Já a nova versão da vacina da AstraZeneca usa a tecnologia de vetor de adenovírus recombinante, a mesma da vacina feita pela farmacêutica com a Universidade de Oxford e que está sendo aplicada no Brasil.
A potencial nova vacina é uma versão modificada do imunizante já existente para fornecer imunidade à variante do coronavírus originada na África do Sul, disse a Anvisa.
Os teste de Fase 2/3 para determinar a segurança e a imunogenicidade da candidata à vacina serão feitos em dose única para pessoas que já receberam duas doses da vacina atual da AstraZeneca ou de outro imunizante que usa a tecnologia de RNA mensageiro. Também será testada como imunizante de duas doses para quem ainda não se vacinou e como segunda dose para quem recebeu uma primeira dose da vacina atual.
Esse estudo será realizado com 2.475 voluntários no Brasil, Reino Unido, África do Sul e Polônia sendo que, no Brasil, serão 800 voluntários nos Estados de Bahia, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo, informou a Anvisa.