(Reuters) - A AstraZeneca suspendeu os testes de estágio final de sua aguardada candidata a vacina contra Covid-19 após uma suspeita de reação adversa séria em um participante do estudo, afirmou o site de notícias de saúde Stat News nesta terça-feira.
O site citou um porta-voz da AstraZeneca afirmando que o "processo de revisão padrão desencadeou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança".
O estudo testa uma potencial vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com pesquisadores da Universidade de Oxford em locais como Estados Unidos, Brasil e Reino Unido, onde o evento adverso foi reportado.
A natureza da questão de segurança e quando ela aconteceu ainda não são conhecidas, embora espere-se que o participante do estudo se recupere, de acordo o Stat News.
A reportagem diz que a suspensão do teste tem impacto em outros testes de vacina da AstraZeneca --assim como em estudos clínicos que são conduzidos por outras fabricantes de vacinas.
A declaração do porta-voz da AstraZeneca diz que "em grandes testes, as enfermidades acontecerão por acaso, mas devem ser revisadas de forma independente para verificar isso com cuidado". O Stat afirmou que as reações adversas graves variam e podem incluir questões que requerem hospitalização, enfermidades com risco de morte.
A AstraZeneca não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
Nove importantes desenvolvedores de vacinas dos Estados Unidos e da Europa prometeram nesta terça-feira manter os padrões de segurança e eficácia para suas vacinas experimentais, apesar da urgência para conter a pandemia do coronavírus.
As empresas, incluindo a AstraZeneca, a Pfizer e GlaxoSmithKline, emitiram o que chamaram de um "compromisso histórico" após o aumento de preocupações de que os padrões de segurança possam ser deixados de lado diante da pressão política para que uma vacina seja aprovada.
As empresas disseram que vão "manter a integridade do processo científico enquanto trabalham em direção a potenciais conclusões e aprovações globais regulatórias para as primeiras vacinas contra a Covid-19".
As outras signatárias foram Johnson & Johnson, Merck, Moderna, a Novavax, Sanofi (PA:SASY) e BioNTech.
(Reportagem de Peter Henderson)