Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta segunda-feira, que a agenda de reformas do governo não deve avançar no Congresso em 2022, citando que parlamentares não estariam dispostos a "pagar um preço" na votação de eventuais mudanças em um ano eleitoral.
Em entrevista à Jovem Pan, o presidente afirmou que gostaria que a reforma administrativa avançasse, mas reconheceu que, com sete mandatos de deputado federal, tem experiência no Parlamento para saber que anos eleitorais são "anos difíceis", uma vez que "não tem negociação".
"Ano eleitoral pouquíssima coisa anda", acrescentou.
O presidente afirmou que a economia poderia ter um melhor desempenho este ano com algumas reformas, mas ele acredita que mesmo assim o PIB deverá encerrar com "números positivos".
Bolsonaro disse que teve uma conversa nesta segunda com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que retornou de férias. Afirmou que conversou muito com ele sobre como criar mais empregos e combater a inflação.
O presidente também contou que conversou com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sublinhando que a instituição agora é independente.