Por David Ljunggren e Steve Scherer
OTTAWA (Reuters) - O chefe de polícia da cidade de Ottawa renunciou após receber críticas de que não fez o suficiente para impedir os protestos que paralisaram a capital canadense contra medidas impostas para combater a Covid-19, forçando o primeiro-ministro Justin Trudeau a invocar poderes emergenciais, afirmou uma autoridade municipal na terça-feira.
Um movimento liderado por caminhoneiros pedindo que o governo suspenda a obrigatoriedade da vacinação ocupou partes do centro de Ottawa desde o final de janeiro. Um importante ponto de cruzamento da fronteira com os Estados Unidos também foi bloqueado pelos manifestantes, mas foi liberado durante o final de semana.
Com os manifestantes ocupando áreas em volta do Parlamento e do gabinete do primeiro-ministro, o chefe de polícia de Ottawa, Peter Sloly, deixou o cargo, afirmou Riley Brockington, vereador da cidade de Ottawa, pelo Twitter.
Sloly irá anunciar sua decisão publicamente mais tarde na terça-feira, conforme reportou a Canadian Broadcasting Corporation. A polícia de Ottawa não respondeu imediatamente a um pedido por comentários.
Os críticos alegam que Sloly e outros policiais foram permissivos demais em sua abordagem aos protestos, que inspiraram movimentos por todo mundo e representam um grande desafio ao governo de Trudeau.
Trudeau se tornou apenas o segundo líder canadense a invocar o Ato de Emergências em tempos de paz, dando às autoridades poderes amplos, incluindo a habilidade de cortar o financiamento aos manifestantes e o reforço de forças de segurança locais com a polícia federal.
(Reportagem de David Ljunggren e Steve Scherer)