BUENOS AIRES (Reuters) - A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) informou na quarta-feira que pediu à Argentina que sedie sozinha a Copa América deste ano depois de descartar a Colômbia como coanfitriã na semana passada devido aos tumultos civis em andamento no país.
O torneio de 13 de junho a 10 de julho, adiado em um ano pela pandemia de Covid-19, deveria ter duas sedes pela primeira vez em seus 105 anos de história, dividindo partidas entre a Colômbia e a Argentina.
A Conmebol, entidade que organiza o futebol sul-americano, já havia decidido transferir jogos de competições continentais de clubes para fora da Colômbia devido aos protestos, depois que jogadores foram afetados por gás lacrimogêneo lançado do lado de fora dos estádios.
Na noite de quarta-feira, a Conmebol confirmou que abordou a Argentina a respeito da realização de todos os 28 jogos da Copa América, que envolve 10 nações sul-americanas, e disse que está esperando a aprovação das autoridades de saúde pública argentinas.
"O governo argentino apresentou à Conmebol um protocolo rígido para a Copa América 2021 ser realizada no país", disse a Conmebol em um comunicado depois de um encontro entre o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.
A entidade acrescentou que a proposta "continuará sob estudo rigoroso" de autoridades do Ministério da Saúde argentino.
Mais cedo na quarta-feira, uma autoridade graduada do governo argentino confirmou a oferta e disse que a logística da proposta está sendo estudada, particularmente os locais das partidas.
(Por Ramiro Scandolo, em Buenos Aires, e Daniela DeSantis, em Assunção)