Por Maayan Lubell
JERUSÁLEM (Reuters) - Quatro semanas atrás, Israel comemorava a volta da vida normal em meio à sua batalha contra a Covid-19.
Após uma campanha de vacinação rápida que reduziu as infecções e mortes de coronavírus, os israelenses pararam de usar máscaras e abandonaram todas as regras de distanciamento social.
Foi quando a variante Delta mais infecciosa chegou, e com ela uma disparada de casos que obriga o primeiro-ministro Naftali Bennett a reimpor algumas restrições da Covid-19 e repensar sua estratégia.
Conforme o que ele chama de "supressão suave", o governo quer que os israelenses aprendam a conviver com o vírus, o que envolve adotar o mínimo possível de restrições e evitar um quarto lockdown nacional que poderia causar novos danos à economia.
Como a maioria dos cidadãos de grupos de risco já foi vacinada contra a Covid-19, Bennett está contando que menos pessoas ficarão gravemente doentes quando as infecções aumentarem.
"Implantar a estratégia implicará assumir certos riscos, mas na consideração geral, incluindo fatores econômicos, este é o equilíbrio necessário", disse Bennett na semana passada.
O principal indicador guiando a mudança é o número de casos graves de Covid-19 nos hospitais, atualmente cerca de 45. A implantação envolverá monitorar as infecções, incentivar vacinações, exames rápidos e campanhas de informação sobre máscaras.
A estratégia rendeu comparações com os planos do governo britânico para reativar a economia da Inglaterra depois do lockdown, mas Israel está no processo de reativar algumas limitações, enquanto Londres as descarta.
As restrições reativadas incluem o uso obrigatório de máscaras fora de casa e quarentenas para todas as pessoas chegando a Israel.
A estratégia de Bennett, como a britânica, é questionada por alguns cientistas.
O Ministério da Saúde de Israel prefere uma iniciativa para conter as infecções, disse Sharon Alroy-Preis, chefe de saúde pública da pasta, à Kan Radio no domingo.