Por Caroline Pailliez
PARIS (Reuters) - Em um clube noturno de Paris, o DJ Vinz monta seu equipamento antes da noite de sexta-feira, quando os clubes franceses terão permissão de reabrir pela primeira vez desde o início da crise de Covid-19, mas as regras rigorosas manterão muitos fechados.
Vinz foi incapaz de trabalhar nos últimos 17 meses, e a maior parte de seu salário foi pago pelo Estado – mas ele manteve a vida de notívago, incapaz de mudar uma rotina de mais de uma década enquanto a França sofria com ondas de infecções de Covid-19.
"Será uma noite especial", disse o DJ.
"Não vemos o público aqui há um ano e meio, então teremos que descobrir o que eles querem ouvir. Vamos nos redescobrir e depois nos divertir juntos."
A reabertura dos clubes noturnos assinala um dos estágios finais do relaxamento do terceiro lockdown de âmbito nacional imposto em abril, mas chega no momento em que a variante Delta se alastra, alarmando o governo francês.
Regras rigorosas estarão em vigor no Le Duplex. Os frequentadores terão que mostrar uma prova de vacinação ou um exame negativo de Covid-19 das 48 horas anteriores para entrar, e o clube só poderá receber 75% de sua capacidade.
A diretriz do governo diz que as máscaras não são obrigatórias, mas recomendadas.
Os clubes noturnos sofrem há mais tempo com a pandemia do que quase qualquer outro segmento do setor de entretenimento francês, e ao menos 400 de 1.600 ou fecharam, ou estão em apuros financeiros.