BRUXELAS (Reuters) - A economia da zona do euro teve no primeiro trimestre a contração mais intensa já registrada em relação aos três meses anteriores, como esperado pelos mercados, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira que mostraram o resultado das paralisações devido ao coronavírus.
A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou que a estimativa preliminar para o Produto Interno Bruto dos 19 países que usam o euro foi de contração de 3,8% na comparação trimestral e de 3,2% ante o ano anterior, como esperado por economistas.
A Eurostat informou que essa foi a queda mais forte desde que os registros começaram em 1995. Na base anual, o declínio foi o mais acentuado desde o terceiro trimestre de 2009.
A França registrou a contração trimestral mais forte, de 5,8%, seguida dos recuos de 5,4% da Eslováquia e de 5,2% da Espanha. A produção da Itália encolheu 4,7% no trimestre, entrando oficialmente em recessão após recuo de 0,1% no último trimestre de 2019.
A Alemanha, maior economia da zona do euro, teve contração do PIB de 2,2% no período.
A agência explicou que as exportações da zona do euro caíram 6,2% em março como resultado da pandemia, mas as importações recuaram 10,1% sobre o ano anterior, levando o superávit comercial externo da zona do euro a 28,2 bilhões de euros de 22,7 bilhões um ano antes.
(Reportagem de Jan Strupczewski)