(Reuters) - O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, foi diagnosticado com Covid-19 após retornar ao Brasil de viagem a Nova York como integrante da comitiva presidencial que viajou aos Estados Unidos para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
O parlamentar informou, em publicação no Twitter, que está se sentindo bem e que começou a se tratar "imediatamente", em aparente referência ao chamado "tratamento precoce" com remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19, como a cloroquina, que é defendida por Bolsonaro e aliados.
"Sabemos que as vacinas foram feitas mais rápida do que o padrão. Tomei a 1ª dose de Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34)e contraí Covid. Isso significa que a vacina é inútil? Não creio. Mas é mais um argumento contra o passaporte sanitário", disse o deputado na publicação.
"Apesar do diagnóstico estou me sentindo bem e comecei a me tratar imediatamente", acrescentou.
Com a confirmação do caso, o deputado se torna o terceiro integrante da comitiva presidencial brasileira em Nova York a contrair Covid-19, após um diplomata do Itamaraty e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que tiveram resultados positivos ainda na cidade norte-americana.
Segundo Eduardo Bolsonaro, teste realizado por ele em NY teve resultado negativo, mas um novo exame feito após o retorno ao Brasil teve resultado positivo.
Toda a comitiva brasileira que esteve em NY, incluindo o presidente Bolsonaro, foi colocada em isolamento por cinco dias devido ao caso positivo de Queiroga e será submetida a testes nesse período, de acordo com o Palácio do Planalto.
O ministro da Saúde permaneceu em Nova York para cumprir quarentena em um hotel antes de ser liberado para viajar de volta ao Brasil.
Entre todos os membros de alto escalão da comitiva, apenas Bolsonaro ainda não foi vacinado. O presidente teve Covid em julho de 2020 e ficou parcialmente isolado no Alvorada por 18 dias, até receber resultado negativo para o teste.
Recentemente, disse a apoiadores que acredita ter sido novamente contaminado, porque seu teste de anticorpos teria dado um resultado alto -- o que ele considera uma justificativa válida para não se vacinar.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)