Por Ted Hesson
WASHINGTON (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou um plano de reforma do sistema de concessão de asilos nesta quarta-feira, o que inclui dobrar os funcionários, para tentar acelerar o processamento na fronteira com o México, onde as prisões de imigrantes atingiram altas de duas décadas neste ano.
A regra proposta habilitaria autoridades de concessão de asilos a aceitar ou rejeitar os pedidos de imigrantes para receber proteção pouco depois deles atravessarem a divisa, driblando tribunais de imigração sobrecarregados em que os casos muitas vezes demoram anos para serem resolvidos pelos juízes.
O secretário do Departamento de Segurança Interna (DHS), Alejandro Mayorkas, disse em um comunicado que a regulamentação permitirá aos EUA analisar pedidos de asilo de indivíduos mais imediata e eficientemente e ao mesmo tempo garantir uma justiça fundamental.
A regra pode levar meses para ser finalizada, e não substituiria de imediato a diretriz atual de expulsão da maioria dos que cruzam a fronteira durante a pandemia de coronavírus.
O governo Biden pretende contratar mais mil agentes de concessão de asilo e mais mil funcionários de apoio, disse uma autoridade graduada do DHS à Reuters antes do anúncio. A onda de contratações mais que dobrará os cerca de 800 agentes de asilo atuais, e pode ser financiada ou pelo Congresso, ou por aumentos das taxas de pedido de imigração.
"Esperamos ser capazes de avaliar pedidos três meses após a chegada", disse a autoridade. "Muito disto dependerá do número de agentes de asilo que forem contratados."