Por Ted Hesson
WASHINGTON (Reuters) - Grupos pró-imigrantes que estão frustrados com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por ele manter uma política de expulsão de famílias de imigrantes "desumana" da era Trump tentarão bloquear a diretriz nos tribunais, como disseram nesta segunda-feira, aprofundando os desafios do presidente na fronteira do país com o México.
Os grupos retomarão o litigio contra o uso da ordem do chamado Título 42, que permite que autoridades dos EUA enviem imigrantes de volta ao México sem a chance de pedirem asilo ou outras proteções em solo norte-americano.
O desfecho do caso judicial poderia complicar os esforços do governo Biden para lidar com uma alta de 20 anos nas prisões de imigrantes na fronteira sul, já que tem muito mais apoio destes grupos pró-imigrantes para angariar suporte para a visão de Biden de um sistema imigratório mais caridoso e ordeiro.
A União Americana das Liberdades Civis (ACLU), o principal grupo representando famílias de imigrantes barradas devido à ordem de expulsão, disse em um documento legal apresentado conjuntamente com o Departamento de Justiça dos EUA nesta segunda-feira que as negociações para resolver a questão "chegaram a um impasse" e que um processo para frear a diretriz deve ser retomado.
Biden, democrata que tomou posse em janeiro, descarta muitas das medidas imigratórias rigorosas de seu antecessor republicano, Donald Trump, mas manteve em vigor uma ordem de saúde de março de 2020 conhecida como Título 42 que permite que o país expulse imigrantes encontrados em suas fronteiras.