Por Dominique Vidalon e Sudip Kar-Gupta
PARIS (Reuters) - O governo francês debaterá na sexta-feira se impõe novos isolamentos locais para tentar combater o aumento da Covid-19, mas preservando atividades econômicas e sociais.
Gabriel Attal, o porta-voz do governo, disse nesta quinta-feira que nada será descartado na reunião de gabinete de sexta-feira, e o presidente Emmanuel Macron disse torcer para que quaisquer medidas novas não sejam muito restritivas.
Macron disse que, embora não queira adiantar nenhuma decisão, espera que as regras atuais habilitem a França a enfrentar o vírus e permitir que as pessoas vivam o mais normalmente possível.
Ele se referia a medidas como o distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras na maior parte do país.
"Precisamos fazê-lo, mas ao mesmo tempo nos permitir continuar a viver, como poder educar nossos filhos, tratar outras doenças e proteger outros pacientes", disse Macron em uma coletiva de imprensa na Córsega.
A França tem o sétimo maior número de mortes por Covid do mundo. O país relatou 8.577 casos novos confirmados de Covid-19 na quarta-feira, o segundo número mais elevado de infecções diárias adicionais desde que a doença começou a se disseminar em seu território, no final do inverno.
O professor Jean-François Delfraissy, que comanda o conselho científico que orienta o governo a respeito da epidemia, disse que a proliferação do vírus está sendo monitorada atentamente em grandes cidades como Paris e Marselha.
"Precisamos fazer tudo que pudermos para evitar isolamentos locais... nestas regiões poderíamos cogitar restrições adicionais a grandes aglomerações de pessoas", disse ele à rádio RTL.