Por Sakura Murakami e Daniel Leussink
FUKUOKA/TÓQUIO (Reuters) - O Japão prorrogou nesta terça-feira seu estado de emergência em Tóquio e em outras regiões e anunciou novas medidas cobrindo mais sete municípios para se contrapor a uma disparada de casos de Covid-19 que ameaça o sistema de saúde.
O atual estado de emergência, o quinto da pandemia até agora, deveria terminar no dia 31 de agosto, mas agora durará até 12 de setembro. Tóquio anunciou 4.377 casos novos nesta terça-feira, e um recorde de 5.773 na sexta-feira.
"A variante Delta que se alastra pelo mundo está causando casos inéditos em nosso país", disse o primeiro-ministro Yoshihide Suga. "Os casos graves estão aumentando rapidamente e sobrecarregando seriamente o sistema médico, particularmente na região da capital."
Agora o estado de emergência cobrirá quase 60% da população japonesa, já que os municípios de Ibaraki, Tochigi, Gunma, Shizuoka, Kyoto, Hyogo e Fukuoka estão incluídos. Medidas menos rígidas de "quase-emergência" serão adotadas em outros 10 municípios.
Restaurantes serão instruídos a fechar cedo e parar de servir álcool em troca de um subsídio. Suga disse que o governo também solicitará limites de público em lojas de departamento e pedirá que as pessoas reduzam pela metade o tempo que passam em áreas com aglomerações.
O mercado acionário japonês caiu pelo quarto dia nesta terça-feira, e o temor da variante Delta de rápida disseminação eclipsou a esperança de ganhos substanciais.
A taxa de mortalidade do país está em cerca de 1,3% --nos Estados Unidos ela é de 1,7% e no Reino Unido é de 2,1%.
(Reportagem adicional de Antoni Slodkowski)