Por Eduardo Simões
(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse em sua conta no Twitter nesta terça-feira que a Casa retomará os trabalhos presenciais na próxima segunda-feira e entre as medidas sanitárias contra a Covid-19 estará a apresentação da carteira de vacinação contra a doença.
"A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu há pouco que os trabalhos presenciais serão retomados a partir da 2ª-feira, 25. Serão tomadas todas as medidas administrativas e sanitárias no retorno das atividades, entre elas, a apresentação da carteira de vacinação", escreveu Lira na rede social.
O presidente Jair Bolsonaro, aliado de Lira, tem constantemente questionado, sem qualquer embasamento, a eficácia das vacinas contra Covid-19, embora todos os imunizantes aplicados no Brasil tenham passado por testes clínicos e recebido o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ele também tem criticado com frequência medidas adotadas por Estados e municípios como a exigência de comprovação de vacinação para entrada em estabelecimentos e eventos, o chamado passaporte sanitário.
Bolsonaro, que afirma até agora não ter se vacinado contra a Covid-19, embora ele já pudesse tê-lo feito há tempos por conta de sua idade, está com 66 anos, já chegou a dizer que seria o último a se vacinar no Brasil, depois afirmou que não tomaria um imunizante e mais recentemente disse ainda não ter se decidido.
Ao contrário do presidente, vários ministros de seu governo tomaram a vacina, inclusive alguns dos mais próximos a Bolsonaro, como o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e os titulares da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente, também se vacinaram contra a Covid.