Por Dave Sherwood
SANTIAGO (Reuters) - Milhares de turistas que viajaram ao sul do Chile desafiando o coronavírus para observar um eclipse solar total ficaram decepcionados com as chuvas que atingiram a região e os impediram de ver o fenômeno, oculto por um manto de nuvens.
A lua cobriu o sol em uma faixa estreita de 90 quilômetros de América do Sul, desde a cidade pequena de Puerto Saavedra, com vista para o Pacífico, até Salina del Eje, no litoral atlântico da Argentina, segundo dados da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa).
Puerto Saavedra se situa cerca de 800 quilômetros ao sul da capital chilena, na região de La Araucanía, uma zona de bosques, montanhas, vulcões e lagos, com chuvas abundantes durante todo o ano.
A mídia local e relatos oficiais disseram que mais de 100 mil turistas foram aos povoados de Pucón e Villarrica, localizados às margens de lagos, apesar de um aumento recente dos casos de Covid-19, principalmente no turístico sul do Chile.
"Estávamos programando esta viagem desde o eclipse anterior. Viemos em 45 amigas, mais ou menos, em um ônibus, com todas as medidas (sanitárias)", disse Gloria Orellana, que disse que esperava ver o fenômeno na segurança de uma cabana perto de Villarrica.
Só que a chuva e as nuvens da manhã desta segunda-feira ocultaram o sol na região, e a melhor vista para observar o eclipse estaria mais ao norte, mas nestes lugares ele não seria total.
A lua começou a encobrir o sol perto das 11h38 locais.
Mesmo se tratando de um espetáculo pouco visível, o eclipse mergulharia a região em uma escuridão total. Tais acontecimentos ocorrem somente em ocasiões raras ocasiones em um lugar específico do mundo.
No Chile, houve outro eclipse solar total em julho do ano passado, e foi possível observá-lo sob os céus claros do norte desértico do país. Foi o primeiro eclipse nesta região desde 1592, segundo a Sociedade Chilena de Astronomia.