Por Emma Farge
GENEBRA (Reuters) - O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que os fabricantes de vacinas contra Covid-19 disponibilizem doses ao esquema de compartilhamento de vacinas Covax antes do planejado devido a uma escassez de suprimentos causada pela interrupção das exportações indianas.
O Covax, que fornece doses a países mais pobres, depende muito das exportações de vacinas da AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34) feitas pelo Instituto Serum da Índia, mas muitas destas estão sendo usadas no próprio país, que enfrenta uma segunda onda maciça de infecções.
Nesta segunda-feira, o chefe do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu aos países do G7 que doem suprimentos como medida de emergência para compensar a carência, estimada em 140 milhões de doses, até o final de maio.
"Embora agradeçamos o trabalho da AstraZeneca, que vem aumentando constantemente a velocidade e o volume de suas entregas, precisamos que outros fabricantes sigam o exemplo", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva virtual.
Especificamente, ele pediu à Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) que adiante a entrega de cerca de 40 milhões de doses na segunda metade do ano e à Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) que disponibilize neste ano doses prometidas para 2022.
"Precisamos de doses já, e pedimos a eles que adiantem as entregas o mais cedo possível", disse ele.