Por William James e Andrew MacAskill e Alistair Smout
LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu desculpas ao Parlamento na terça-feira, depois de ter sido multado pela polícia por quebrar regras do regime de lockdown imposto na época no país, e disse que não sabia que uma reunião para comemorar um aniversário no auge da pandemia representava uma violação das normas que ele mesmo tinha determinado.
No mesmo dia em que parlamentares de oposição garantiram uma votação para essa semana sobre se Johnson deve ser investigado sobre acusações de que enganou o Parlamento ao negar repetidamente qualquer violação, ele afirmou que agora percebeu que estava errado.
Johnson disse que na ocasião não tinha percebido que estaria violando as regras. Ele disse que o público tinha o direito de esperar uma conduta mais elevada.
"Assim que eu recebi a notificação, eu reconheci a dor e a raiva, e disse que as pessoas têm o direito de esperar mais de seu primeiro-ministro", disse Johnson ao Parlamento.
Adversários já pediram a renúncia de Johnson, acusando-o de enganar o Parlamento após ele dizer no ano passado que todas as regras foram seguidas em Downing Street --residência oficial e escritório do primeiro-ministro-- durante a pandemia.
O líder trabalhista, Keir Starmer, pediu que os parlamentares removam o primeiro-ministro para "trazer decência, honestidade e integridade de volta à nossa política, e parar com a deterioração de tudo que este país representa".
A pressão para Johnson renunciar da parte dos parlamentares de seu próprio partido diminuiu com a guerra na Ucrânia, na qual ele procurou desempenhar um papel de liderança na resposta do Ocidente. Embora alguns tenham repetido pedidos para que ele deixe o cargo, a maioria diz que agora não é o momento.