Por David Lawder e Ted Hesson
WASHINGTON (Reuters) - Importantes democratas e republicanos culparam uns aos outros pela paralisação das negociações sobre legislação de ajuda relacionada ao coronavírus, neste domingo, um dia depois que a Câmara dos Deputados aprovou 25 bilhões de dólares em novos recursos para os Correios dos EUA, um projeto de lei que os republicanos declararam morto.
A Câmara, liderada pelos democratas, aprovou o projeto de lei no sábado, em uma sessão especial convocada pela presidente da Casa, Nancy Pelosi, para evitar que a crise de recursos do serviço postal e os planejados cortes de serviço interfiram na entrega de cédulas para a eleição de 3 de novembro.
Mas a votação não conseguiu mudar o impasse sobre a próxima fase da ajuda relacionada ao coronavírus desde 6 de agosto, quando as negociações entre a Casa Branca e os líderes democratas no Congresso foram interrompidas por causa dos níveis de financiamento e benefícios de desemprego.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse que a Casa controlada pelos republicanos "não aprovaria" o projeto de lei postal.
O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, criticou neste domingo a votação democrata como "um projeto de lei em grande parte para mensagens" e culpou Pelosi por não concordar com uma legislação mais ampla que incluía benefícios suplementares de desemprego. Ele havia, no entanto, contatado o gabinete de Pelosi no sábado.
Pelosi rebateu na CNN, dizendo que o projeto de lei postal abordava "uma emergência imediatamente e é algo que deveria ser bipartidário".
Ela também disse que Trump estava retardando o alívio necessário para o coronavírus para cidades e crianças para obter ganho político, sinalizando que as negociações provavelmente farão pouco progresso durante a Convenção Nacional Republicana, que começa esta semana.
"Isso é como a Roma antiga. Trump toca violino enquanto Roma queima, enquanto a América queima", disse Pelosi. "E Trump dá pão e circo sem pão. Então, veremos o circo esta semana com sua convenção."