Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As festas de Réveillon e Carnaval no Rio de Janeiro vão acontecer sem a obrigação do uso de máscara ou do distanciamento social, disse nesta sexta-feira o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, apontando que a cidade tem conseguido conter a pandemia com o avanço da campanha de vacinação.
Segundo Soranz, o Rio vive o melhor momento no combate à pandemia, com o menor nível de transmissão do coronavírus e queda sustentada nos óbitos e casos de Covid-19 nas últimas semanas. Além disso, destacou, a vacinação na capital avança em bom ritmo, com 86% da população com a primeira dose da vacina e 58% com o ciclo vacinal completo.
“Não faz sentido Réveillon e Carnaval com máscara. Provavelmente a máscara já deve ser eliminada em novembro, e teremos as festas sem máscara e distanciamento“, disse Soranz à Reuters.
“Acho que é seguro e sem risco, se o cenário sanitário se mantiver“, acrescentou.
O secretário disse ainda que pedirá ao Ministério da Saúde para que os turistas estrangeiros tenham que apresentar o chamado "passaporte de vacinação" para entrar no país, apesar de o presidente Jair Bolsonaro já ter posicionado contra a exigência.
No Rio e em diversas cidades do país o passaporte da vacinação tem sido exigido para entradas em determinados locais, como clubes e academias.
“Estamos pedindo ao Ministério o passaporte sanitário para quem vem de fora. Isso deveria ser alertado no ato da compra da passagem e fiscalizado e apresentado no desembarque“, afirmou o secretário.
Neste ano não houve Carnaval de rua ou no Sambódromo da Marquês de Sapucaí em razão da pandemia. Também não foi realizada a tradicional festa de Réveillon na orla do Rio.
Os ingressos para o Carnaval do ano que vem começarão a ser vendidos na próxima semana, enquanto a festa de Réveillon já está sendo planejada. Mais de 10 eventos-teste ocorrem este mês com pessoas sem máscara e sem distanciamento, porém tendo que apresentar comprovante de imunização e teste contra Covid.