🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Secretária contraria Pazuello e admite que aplicativo TrateCov não foi hackeado

Publicado 25.05.2021, 14:36
© Reuters. Secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro
25/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - A secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, admitiu nesta terça-feira, em depoimento à CPI da Covid, que o aplicativo TrateCov, criado pelo governo para indicar tratamentos sem eficácia comprovada para a Covid-19, não foi hackeado nem alterado nas informações que passava, como alegou o ministério.

Questionada sobre quais alterações foram feitas no aplicativo pelo suposto ataque hacker, Pinheiro admitiu que não houve alterações e garantiu que a plataforma era segura.

"Ele não conseguiu, o sistema é seguro, ele não conseguiu hackear. Hackear é quando você usa a senha de alguém, entra dentro de uma plataforma, de um sistema", disse a secretaria.

Perguntada então pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), se confirmava que não havia acontecido um hackeamento, Pinheiro afirmou que esse era um "termo de leigos" que ela e outras pessoas haviam usado, mas que o termo correto seria extração indevida de dados.

"Então houve extração de dados, mas não houve alteração do que estava proposto no TrateCov?", perguntou Renan.

"Não, porque o sistema era seguro. O que ele fez foram simulações completamente indevidas, fora de contexto epidemiológico", respondeu Pinheiro.

A declaração da secretária contraria afirmação feita à CPI pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que afirmou que a plataforma TrateCov foi retirada do ar após sofrer um ataque hacker em que um invasor teria alterado os dados do sistema.

"Não houve alteração, e, não havendo alteração, nada justificaria a retirada do ar, porque a informação que o Pazuello passou aqui, e foi outra mentira, é que havia uma deturpação e um desvio da finalidade do TrateCov", disse Renan.

© Reuters. Secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro
25/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

A secretária acusou um jornalista, que à época foi o primeiro a revelar o funcionamento do TrateCov, de ter agido irregularmente na extração indevida de dados, e afirmou que ele estaria sendo processado.

Na verdade, o aplicativo havia sido lançado em 14 de janeiro em Manaus, como mostram notas distribuídas pelo próprio Ministério da Saúde, e o link para acesso já existia, apesar de ainda não estar em uso, como mostrou à época o site The Intercept e foi confirmado depois pela Reuters.

À época, a Reuters fez seis simulações de pacientes no aplicativo. Independentemente da idade, sintomas ou doenças preexistentes, a recomendação foi sempre a mesma: difostato de cloroquina 500 mg, hidroxicloroquina 200 mg, ivermectina 6mg, azitromicina 500 mg, doxiciclina 100mg, sulfato de zinco e dexametasona.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.