Secretária nega responsabilidade do ministério por crise da Covid e diz que culpa é do vírus

Publicado 25.05.2021, 14:18
© Reuters. Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, presta depoimento à CPI da Covid
25/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, eximiu a pasta de responsabilidade pela crise da pandemia de coronavírus no país em depoimento à CPI da Covid no Senado nesta terça-feira, e creditou o estrago causado pela doença ao próprio vírus.

Ao comentar a crise que atingiu Manaus no início do ano, quando pacientes morreram por falta de oxigênio nos hospitais, a secretária transferiu a responsabilidade às autoridades locais e negou ter sido comunicada sobre os riscos de desabastecimento do insumo quando visitou a capital do Amazonas no início de janeiro.

"Não, nenhuma responsabilidade. A responsabilidade da doença é o vírus, senador, não é o Ministério da Saúde", disse Pinheiro, em resposta ao relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, Renan Calheiros (MDB-AL).

A secretaria confirmou teor de depoimento dado à Polícia Federal em 9 de fevereiro em que defendeu a utilização da cloroquina contra a Covid, apesar da falta de comprovação científica de eficácia do medicamento para a Covid, e responsabilizou autoridades estaduais e locais pela crise sanitária no início do ano em Manaus.

© Reuters. Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, presta depoimento à CPI da Covid
25/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

Sobre a cloroquina, Pinheiro disse diversas vezes que o ministério não "recomendou", mas "orientou" o uso da medicação. A secretaria ficou conhecida como "capitã cloroquina" pela defesa do uso do medicamento contra malária e outros remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

A secretaria confirmou também ofício encaminhado à Secretaria de Saúde de Manaus em que estimulava a utilização dos medicamentos orientados, a cloroquina entre eles, classificando como "inadmissível" a não adoção.

Pinheiro justificou que o Ministério da Saúde elaborou nota de orientação em que, a partir de posicionamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), autoriza a prescrição off-label de medicamentos contra a Covid.

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